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Capital de giro é uma definição que qualquer gestor empresarial, seja micro, médio ou grande, deve conhecer e sempre ter na ponta da língua. Isso porque ela serve ao bom funcionamento das finanças de empresa e trata justamente do fluxo de dinheiro, do que entra, sai e está disponível para os gastos cotidianos.
As finanças da empresa devem estar saudáveis pois são o verdadeiro fluxo sanguíneo da empresa e seu mal funcionamento pode gerar problemas no investimento de curto e médio prazo.
Ou seja, o capital de giro é uma reserva de dinheiro de fluxo contínuo. Por ser tão fluido, perder o controle sobre ele implica dar entrada em gastos dispendiosos ou imprevistos que podem comprometer a saúde financeira da empresa. Para evitar esse tipo de desgaste é imprescindível, para qualquer empresário, que saiba calcular e acompanhar o capital de giro de sua empresa.
O que é o Capital de Giro e Como Calcular
O capital de giro é calculado a partir de algumas qualidades inerentes à vida empresarial, ele também pode ser chamado de “Ativo Circulante”, pois é formado pelo ciclo de curto prazo de entrada e saída de financiamento da empresa. Ele é formado por alguns fatores principais, o primeiro é dinheiro disponível, no caixa e no banco, para suprir os custos diários da empresa. O segundo é dinheiro a receber dos clientes, e deve-se manter em mente que as empresas que concedem crédito aos seus clientes precisam de recursos para financiar os gastos desses clientes. Isso é uma situação irreversível. E o terceiro fator é o Estoque, a quantidade de recursos que devem ser armazenados para o funcionamento do negócio.
Na prática o que deve acontecer?
Para que o capital de giro fique redondo mês após mês, esses três fatores devem se comunicar, criando um verdadeiro “giro de capital”. É mais simples do que parece. Vamos supor que você tem um negócio que venda bananas. Você utiliza o dinheiro do caixa para comprar 10 caixas de bananas. Essas bananas vão se tornar o seu estoque.
Desse estoque você vende as caixas de banana à prazo para clientes que vão pagar daqui um mês. Nesse meio tempo o dinheiro do caixa não acabou, ele já contém os pagamentos armazenados dos clientes à prazo do mês passado. Assim, quando os clientes que compraram as caixas de banana pagarem suas dívidas, no mês futuro, o dinheiro retornará ao caixa e poderá ser utilizado novamente para comprar 10 novas caixas de banana.
Desta forma, um regime circular é proporcionado no capital de giro, sempre em fluxo, na estrutura dorsal do negócio. Ele é a base na qual as negociações podem ocorrer e de onde os recursos cotidianos devem sair. Furos nesse sistema significam gastos extras que normalmente saem do bolso do empresário.
Como controlar?
Para controlar o capital de giro, é imprescindível que o planejamento atento das atividades da empresa seja constantemente atualizado. Ou seja, é preciso que a concessão de crédito aos clientes seja proporcional ao fluxo de capital, para que a empresa tenha como financiar os custos. O mesmo pode ser dito a respeito da manutenção do estoque, um financiamento que muda constantemente a depender das mudanças do mercado e inovações.
Como Calcular?
Uma das formas mais tradicionais de se calcular o capital de giro é realizando uma subtração. De um lado você calcula o chamado “Ativo Circulante”. Aqui está tudo o que existe de positivo a receber: dívidas a receber, aplicações financeiras, fluxo de caixa, e outros recursos. Do outro lado você calcula o chamado “passivo circulante”. Aqui vai tudo o que precisa sair da empresa, contas a pagar, empréstimos, pagamentos a fornecedores, etc.
Está vendo? O resultado dessa subtração, posta entre o que entra e o que sai da empresa, resulta no capital de giro líquido da empresa. É o dinheiro que deve ser mantido no solo sob o qual as transações cotidianas ocorrem. É preciso cuidar desse solo como quem planta bananeiras depende da terra, para que os negócios sejam cada vez mais frutíferos!
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