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Desde que a pandemia do coronavírus começou em 2020, a cadeia de suprimentos no transporte internacional foi amplamente afetada. No entanto, mesmo que tenha causado prejuízo para muitas empresas, também fez com que se adotassem novos métodos, que já refletem de forma positiva.
E apesar da necessidade ter promovido ensinamentos valiosos, ainda existem diferentes desafios para os negócios que dependem da importação e exportação de produtos. E se você tem interesse no assunto, continue com a leitura deste artigo.
Nos tópicos a seguir, entenda como lidar com a cadeia de suprimentos no transporte internacional de acordo com as mudanças decorrentes dos últimos anos, bem como o que se vislumbra em um cenário pós pandemia e quais são os desafios e dicas para uma melhor gestão.
- Mudanças na cadeia de transporte internacional
- Panorama pós pandemia
- Desafios e dicas para uma melhor gestão
Mudanças na cadeia de transporte internacional
Com o início da pandemia do coronavírus em 2020, os transportes envolvidos no comércio internacional e os portos de diferentes países, inclusive do Brasil, viram-se obrigados a se adaptarem de maneira rápida.
Para tanto, as ferramentas digitais disponíveis para a logística começaram a ser cada vez mais implementadas e utilizadas. Um bom exemplo foi o Radar Siscomex, que logo adotou o processo de digitalização para conferir maior agilidade às operações.
Da mesma forma, os mais diversos tipos de modais se ajustaram, como o aéreo, o rodoviário e o ferroviário, além do hidroviário ou aquaviário.
Todos eles passaram a adotar novas estratégias a fim de permanecer com o abastecimento dos países, em especial, ao que dizia respeito à entrega de alimentos e medicamentos, além de outras mercadorias essenciais. Documentos digitais passaram a ser aceitos, e reduções na burocracia ocorreram, beneficiando a todos.
Embora os envolvidos tenham promovido mudanças para que a pandemia afetasse o mínimo a cadeia de suprimentos no transporte internacional, alguns problemas foram inevitáveis. Entre eles, a detenção de um grande número de contêineres em vários portos, por conta da detecção de surtos de coronavírus. Por vezes navios inteiros ficaram em quarentena devido a contaminações na tripulação.
Já o modal aéreo foi afetado, principalmente, em decorrência do fechamento de fronteiras e demais restrições de circulação em diferentes países. Como muito da carga aérea movimentada entre os países segue em aviões mistos – passageiros + carga – a oferta de transporte caiu de forma drástica, elevando prazos e preços, quando não inviabilizando as operações que antes eram costumeiras.
Apesar da volta à normalidade mostrar novos desafios, em grande parte pelo imenso aumento da demanda em todos os setores, ficam os aprendizados adquiridos.
Panorama pós pandemia
Com a necessidade de adequação, muitas empresas que atuam no comércio exterior com as importações e exportações e mesmo os negócios que dependem delas realizaram mudanças importantes na sua logística.
As que ainda não fizeram isso, possivelmente estão ficando para trás, uma vez que a pandemia obrigou modificações rápidas a fim de contornar uma série de problemas causados pela escassez e falta de alguns itens. Ou mesmo, para encontrar novas formas de destinar os seus produtos.
De todo o modo, as empresas que se anteciparam aos impasses e investiram nas mudanças necessárias agora estão bem posicionadas em relação à concorrência. Elas possuem diferenciais de mercado que as tornam mais fortes para encarar os novos desafios que estão por vir.
Mesmo assim, ainda não é tarde demais para as empresas se ajustarem no que diz respeito a sua logística. Existem muitas soluções viáveis, sendo que o mais importante é que haja planejamento. Embora importantes, as alterações podem levar tempo, bem como exigir investimento financeiro.
Desafios e dicas para uma melhor gestão
A boa notícia é que para os desafios existentes ao lidar com a cadeia de suprimentos no transporte internacional, há dicas para uma melhor gestão da sua empresa. Entre as tendências, destaca-se o que se chama de nearshoring, que significa priorizar a produção em locais mais próximos.
Afinal, para quem adotou esse método, o preço não compensa a distância dos fornecedores. Além disso, é melhor não ficar refém de um único fornecedor, principalmente, distante geograficamente, que por estar em outro país oferece chances maiores de haver problemas no transporte.
De qualquer forma, não é preciso necessariamente não comprar mais de fornecedores com os quais já estava acostumado, mas sim, diversificar a relação com um número maior deles. Aliás, essa é mais uma tendência em termos de cadeia de suprimentos no transporte internacional.
Desse modo, a ideia é contar com uma estratégia onde exista espaço para diferentes fornecedores em locais distintos, o que pode dar mais dinamismo para o processo produtivo e de venda. Nesse sentido, vale a pena também possuir uma boa visibilidade da estrutura da cadeia logística.
Ou seja, identificar todos os fornecedores envolvidos, não só os diretos, como os indiretos. Esse mapeamento exige trabalho, mas também consegue mostrar com mais clareza quem é quem. E por consequência, fica mais simples identificar entraves futuros.
Por fim, mas não menos importante, a digitalização da cadeia logística é outra tendência que, inclusive, é cada vez mais urgente. Isso porque com a informatização de dados, como estoque, mercadorias, fornecedores e outros mais, tudo se torna mais transparente e fácil de localizar e gerenciar com sucesso.
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