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O frete internacional está passando por um momento de alta, o que tende a afetar os preços para os importadores, para os exportadores e para o consumidor final. Nesse artigo explicamos os impactos do aumento do frete no mercado.
O aumento no frete: causas e consequências
Com o advento do coronavírus, muitos setores estão experimentando encarecimento nos preços. O frete é um desses setores, apresentando aumentos que podem chegar a ordem de 500%.
O aumento não é uma realidade apenas no Brasil, afetando diversas economias ao redor do globo. A logística tem enfrentado dificuldades na América do Norte, Central e do Sul, e também a Europa, o que faz com que não apenas os preços aumentem, como também os prazos.
Se no começo da pandemia o número de pedidos reduziu significativamente, fazendo com que o frete tivesse uma baixa, agora a realidade é inversa: a demanda por frete é maior do que a capacidade logística.
No frete aéreo, o principal fator é a falta de voos internacionais. Com as restrições impostas pela pandemia, os voos são menos frequentes e o transporte prioriza suprimentos para combate à pandemia.
No frete marítimo a questão é ainda pior, há uma falta imensa de contêineres nos portos chineses, e isso está jogando os fretes em níveis nunca antes vistos. É importante lembrar que isso impacta demais a economia mundial, visto que o transporte marítimo internacional corresponde a cerca de 90% das mercadorias comercializadas entre as nações.
O que esperar dos próximos meses
A tendência é de manutenção do frete elevado nos primeiros meses de 2021, especialmente no frete marítimo. No frete aéreo, os preços podem reduzir comparativamente, tendo em vista a retomada dos voos caso as campanhas de imunização e vacinação sejam bem sucedidas de maneira breve.
Frete marítimo
Com a grande demanda atual no que se refere ao frete marítimo, faltam equipamentos e contêineres de todos os tipos para atender a todos os pedidos. Os armadores estão priorizando rotas mais curtas, que possuem melhor tarifa e rotatividade. Está ocorrendo também uma espécie de leilão no mercado, onde quem paga mais consegue embarcar em detrimento a quem paga tarifa base.
A título de exemplo, a rota Far East – ECSA apresentou aumento de mais de 500% no frete do começo do ano até o momento atual. Apesar de ser a rota mais cara do mundo, ao considerar a milha náutica o trecho China s Estados Unidos se aproxima dos USD 4000/CNTRS.
Frete aéreo
O setor aéreo, apesar das suas peculiaridades, apresenta dados parecidos. O mercado em Shangai está aquecido, o que gera aumento no valor do frete. O mercado de Hong Kong, por sua vez, se mantêm estável mas com indícios de alta, uma vez que as cargas em atraso em outros aeroportos fazem aumentar o fluxo desta origem.
Enquanto isso, Miami apresenta backlog de cargas, especialmente para destinos como GRU, VCP e MAO. Para esses destinos, a reserva de espaço deve ser feita com antecedência de no mínimo uma semana.
A disponibilidade atual de voos é de -46,1%, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Dessa forma, a normalidade está longe de ser alcançada de forma plena. Espera-se que a queda no frete só aconteça quando a disponibilidade aumentar.
Recomendações para importadores e exportadores
Tendo em vista o cenário de aumento no frete, tanto marítimo quanto aéreo, a recomendação principal é o planejamento. Além dos preços, os prazos também estão maiores, o que demanda antecipação por parte dos agentes.
Reservar de forma prévia nos navios é uma das medidas mais inteligentes para garantir operações seguras e mercadorias entregues dentro do cronograma, fique atento porém pois os armadores vem cobrando multas em casos de cancelamentos de reserva. A tarifa, por sua vez, tende a permanecer elevada, o que deve ser visto como desafio secundário.
Fique atento em nossas atualizações e entrem em contato caso precisem de ajuda ou de maior entendimento sobre este difícil momento.
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